De acordo com as análises, o vírus está
presente em oito das 26 amostras coletadas.
Os dados foram obtidos a partir da rede
coletora da Copasa nas duas cidades.
As coletas de amostras foram realizadas
nas sub-bacias dos ribeirões Arrudas
e Onça, que recebem os efluentes.
Segundo a coordenadora do projeto,
Juliana Calábria, que é professora associada
do Departamento de Engenharia Sanitária
e Ambiental da UFMG, o estudo deve
durar 10 meses e vai monitorar semanalmente
24 pontos de coleta previamente definidos.
Entre eles, 22 são representativos do esgoto
bruto gerado pela população e pelos hospitais
de referência para o tratamento da Covid-19.
Das oito amostras que apontaram positivo para
o novo coronavírus, três fazem parte da sub-bacia
do Ribeirão Arrudas e cinco na sub-bacia do
Ribeirão do Onça. Os testes foram realizados em
materiais coletados em duas semanas: entre 13 e
17 de abril; e 20 e 24 de abril.
Por enquanto, o estudo recolheu amostras
de esgoto sem tratamento, mas há previsão
também da análise de pontos de saída de
estações de tratamento.
De acordo com os pesquisadores,
a expectativa é que a continuidade dos
estudos viabilize o entendimento da
prevalência e da dinâmica de circulação
do vírus em Belo Horizonte e Contagem.
A partir dos resultados obtidos, gráficos
poderão indicar a tendência de crescimento
ou decrescimento do número de pessoas
infectadas, de forma regionalizada e auxiliar
o poder público em ações coordenadas
de prevenção ou tratamento da Covid-19.