(Foto: G1 Sul De Minas)
A tão esperada vacina contra o coronavírus chega a Belo Horizonte
nesta semana. A garantia foi dada pelo Instituto Butantan, que enviou
as doses da Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech,
aos 12 centros do Brasil habilitados nos Estados de São Paulo,
Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul
e em Brasília – responsáveis pelo recrutamento dos voluntários –
a fazerem os testes.
Em solo mineiro, a responsável por esse processo é a Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com a assessoria de
imprensa da instituição, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida
já assinou protocolo que sela a parceria com o Butantan e garante
a realização dos testes. Agora, cabe a cada um dos centros
definir quando se inicia a aplicação do imunizante.
De acordo com o Butantan, os testes se iniciaram primeiro
no Hospital das Clínicas, na capital paulista, na semana passada,
porque era preciso criar um “modelo-padrão” a ser executado pelos
demais locais autorizados a trabalharem com a vacina chinesa.
A previsão é que os resultados preliminares dessa imunização
feita em São Paulo sejam divulgados nos próximos 90 dias.
Ainda nesta semana, a UFMG disse que deve informar como
esse processo vai acontecer na capital, mas não deu detalhes
à reportagem. Fontes ligadas à universidade adiantaram que,
para não causar aglomeração, a aplicação da vacina deve
acontecer fora do campus, o que poderia ser realizado em algum
hospital ou até mesmo nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs),
que já têm estrutura montada para aplicação delas.
Em todo o país, a expectativa é que 9.000 pessoas participem
dos testes, preferencialmente destinados a profissionais da área de
saúde. Em Minas Gerais, a expectativa é que 800 voluntários recebam
as doses. Esta é uma das últimas etapas de avaliação para que a
Coronavac possa chegar aos brasileiros em larga escala, caso seja aprovada.
Nos testes, parte dos voluntários vai receber o imunizante em si,
e outro percentual, uma espécie de placebo. Os resultados serão enviados
para o Butantan.
Processo
O Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção
da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses.
Se a vacina for efetiva, o centro vai receber da Sinovac, até o
fim do ano, 60 milhões de doses para distribuição. Se tudo der certo,
expectativa é que a vacina seja de fato aplicada na população em 2021.